Sempre adorei filmes de terror. Nunca consegui responder o porquê, nem pra minha psiquiatra. Talvez por isso ela não me dê alta, prefira me manter sob observação, vá lá que eu coloque pra fora todo o meu potencial sociopata qualquer dia desses, afinal não estou escrevendo e isso é um perigo para a sociedade. Já li que todo artista tem algum disturbio mental. Não fosse isso, não teria criatividade. E que alguns caras da história da arte canalizaram seus disturbios na arte e se não fosse isso, teriam sido os grandes assassinos ou loucos da história. Algumas vezes lembro do filme do Stephen King, "A Janela Secreta", e me apavora a fase da falta de criatividade num escritor. Lembro do Johnny Depp tentando escrever uma linha sem conseguir e enlouquecendo naquela cabana, enfrentando o seu alter-ego assassino... Epa, fiquem tranquilos, ainda estou medicada. É só um comentário.
Bom, todo mundo que escreve passa por uma fase de branco. Já passei por várias. É as chamadas férias... Alguns de vocês devem saber que não comecei escrevendo fics e que nem só de fics eu vivo. Desde os 13 anos o ofício de escrever me persegue feito cão faminto e se eu não desopilo as idéias, parece que vou enlouquecer. Mas as tais férias estão durando demais. E eu nem quero contar quantos anos eu não consigo escrever uma história inteira. O desgraçado do Rivotril me deixou sequelas do tipo "falta de concentração ao teclado". Aí não sai uma linha, e eu tenho vontade de berrar, pq quando me deito na cama, eu vejo histórias, tenhos sonhos doidos e quando me sento pra escrever, elas saem correndo. Mas tudo passa, e com o tempo a cabeça volta a funcionar.
Já fugi do assunto, mas é que eu e o terror temos uma simbiose. Essa coisa do terror, do sobrenatural, do fim do mundo, da catástrofe inesperada, Deus e o Diabo... Eu gosto disso. Sempre gostei. Não tivesse sido aquela coisa do inferno chamada síndrome do pânico, (aleluia! estou curada!) eu teria aprontado o meu livro. O primeiro de uma série apocalíptica. E aí fico assistindo o telejornal e as coisas que eu previa na trama já começaram a acontecer e aí me dá mais raiva, pq quando eu terminar o livro, parecerá que eu me baseei em fatos reais, enquanto era apenas um relance de olho no futuro... Deixa pra lá. Ele será terminado quando for a hora. Tem coisa que Deus acha melhor a gente não mexer... E eu já tava mergulhando na pesquisa da parte obscura da coisa e quando você sintoniza seu canal sem estar preparado espiritualmente, você vibra de acordo com o canal que sintoniza. Não deu outra. Depois de ler coisas como a bíblia satânica, acho que o real Gold Coin não gostou muito de ver que ia perder também na ficção e veio vibrar no meu canal. E olha o que arrumei pra mim...
Bom, uma das maiores invenções depois do computador, o E-mule ou os programas de P2P (compartilhadores de arquivos) conseguiram ganhar minha paixão nesse tempo cruel. Eu não passo um dia com o pc desligado, mesmo que nem o esteja usando. E vamos catar filme! Prefiro os clássicos, que em hipótese alguma eu conseguiria alugar ou comprar, porque é difícil um dono de locadora entender de cinema e botar dvd bom. Quando ele entende, bota filme bom, recomenda um Poltergeist, o cliente pede "O Chamado". Legal, terror oriental é fodão, mas o cliente quer a versão americana de "O Chamado", com a Buffy, porque tem mais ação... É de enfiar os dedos no orifício anal e cometer suicídio!
O meu nome do terror é Stephen King. Estou baixando tudo que posso dele, para ter minha coleção do cara. Já revi pérolas que eu nem lembrava e coisas que desconhecia, como "O Diário de Ellen Rimbauer", que dá uma introdução profunda para o filme "Rose Red". Gosto do estilo dele em dar quase toda a primeira parte do filme pra você se ambientar. Algumas pessoas até dormem. Mas depois, ele mete a faca com tudo e aí você tá ferrado. Alguém viu "O Nevoeiro"? Cruel. Mas muito cruel e louco. Matou a minha fome de Stephen King, que ficara desde aquele outro duplo chamado "A Tempestade do Século". O meu favorito.
Também têm as novidades que não resistimos, depois de garimpar um pouco e ler umas indicações. Não leio as críticas, mas as críticas do público. Afinal crítico, como diz a Rita Lee, só serve pra criticar aquilo que ele queria fazer. Mas mesmo evitando os críticos, muitas vezes você é enganado. E não há nada pior que vc convidar uma amiga e de cara ver dois filmes ruins um atrás do outro. E eu tive essa experiência por duas vezes. Pra não estragar a noite, re-assistimos "Extermínio" (28 dias depois). Nota 10!
Agora vou começar a dar meu parecer, conforme o possível, do que vou baixando e assistindo em termos de terror. E gostaria que vocês também dessem um parecer. Me indicassem filmes. Confesso, estou meio presa aos antigos, mas tem novidades boas que vocês podem me indicar.
E vou marretar as bombas sem piedade... Afinal, preciso me distrair.