| | Heaven on Earth by Flynn (Traduzida por DKSM) | |
| | Autor | Mensagem |
---|
Dana
Número de Mensagens : 465 Humor : Mulderístico Data de inscrição : 06/03/2008
| Assunto: Heaven on Earth by Flynn (Traduzida por DKSM) Sex Mar 13, 2009 5:55 pm | |
| Essa é uma fic que tempre amei! E sempre quise dividir com vcs, como ultimamente eu ando meio desocupada, resolvi traduzir ela ui, não pedi permissão pra dona da fic ainda, mas aki é fórum mesmo, e é particular, então, acho que num deve ter problemas... Bjaum espero que gostem! Título: Paraíso na Terra Autora: Flynn Classificação: DAL, MSR, MulderAngst E-Mail: flynn121@yahoo.com Data:Março de 2002 Distribuição: Deixe o endereço e o cabeçalho e me ligue. Aviso de Spoiler: Existence Censura: Livre para palavrões Feedback: Não tem gordura e é muito bom para o coração. Bom, pro meu coração. Resumo: Paz pode ser encontrada nos mais inusitados lugares.
Kudos para Christine, minha parceira-escritora e amiga quase ‘Shipper.
Paraíso na Terra Por Flynn
Acho que cheguei tarde demais. Os carros estão indo embora e desaparecendo na noite. Eu tento Pará-los. Tento olhar dentro de cada um, mas está escuro e eu estou com medo. Meu Deus! Cheguei tarde demais. Scully se foi, levada ou simplesmente assassinada, e o bebê dela... Como diabos eles a encontraram? Aquele filho da puta do Crane foi assim que a encontraram. Não acho que eu já tenha ficado com tanto medo ou com tanto ódio na minha vida como estou agora. Eu quero matá-lo. Rápido ou devagar, não importa, só para que eu possa ver a vida se esvair dos olhos dele...
Uma voz me chama me puxando de volta do precipício no qual estou dançando. Reyes. Ela diz que Scully precisa ir para um hospital.
Hospital, isso significa que ela está viva.
Viva.
Com as pernas tremendo, eu a sigo para dentro do prédio abandonado. Que diabos Doggett estava pensando, mandando elas para uma porra de cafundó como esse? Sem energia, e nada de água a não ser duas drogas de baldes.
Velas estão espalhadas por todos os lados, e o ar está pesado com o cheiro de sangue. Sangue. Meu Deus! está em toda parte. Toalhas e lençóis estão saturados. Numa emaranhado de roupa de cama em um encosto de cama enferrujado eu vejo minha parceira. Minha vida. Os olhos dela estão fechados e, merda, ela está mais que pálida. Eu não posso evitar olhar em volta para o caos novamente.
Sangue.
Tanto sangue.
Eu não me deixo mergulhar nas possibilidades. E eu não preciso de Reyes para me dizer o quanto urgente é a situação. Eu a digo para sinalizar para o piloto aterrissar em algum lugar perto, e então eu vou para a cama. Minha parceira sabe que estou lá. Não sei como, mas ela sabe. Os olhos dela se abrem enquanto eu me agacho ao lado dela. Eles estão vidrados. “Mulder,” ela sussurra, “me tire daqui.”
Choque. A pele dela está pegajosa e os dentes estão batendo como se não houvesse amanhã. Se eu não agir rapidamente, talvez não haja. Eu arranco a minha jaqueta e a enrolo cuidadosamente em volta dela, esfregando o braço dela fortemente através do couro. Talvez eu possa passar um pouco do meu próprio calor para ela. Ela se encolhe e balança a cabeça tão de leve. “Cuidado... o bebê...”
As palavras dela me param. Bebê. Tome cuidado com o bebê. Scully teve o bebê dela. Scully Está com o bebê dela. Os desgraçados não o levaram. Eles não o levaram. Eles não o levaram!
Eu quero olhar, mas não há tempo. Com cuidado, eu escorrego meus braços em volta dela, levantando e trazendo-a para perto. “Preciso esquentar vocês dois,” eu sussurro. Ela não fala nada, apenas acena que sim com a cabeça.
Havia um pano de linho amassado entre as pernas dela, mas a este ponto ele estava muito encharcado para ter alguma utilidade. Eu fiz uma careta quando a ergui. Não é o sangue que me incomoda no momento. Com o tanto de merda que a gente já passou, eu já vi uma boa quantidade disso. Eu só não quero machucá-la. Ela já passou por muita coisa. Mas eu preciso levá-la para a droga do helicóptero. “Agüente Scully. Agüente firme.” Ela acena de novo, e eu sinto os braços dela se apertarem minimamente em volta do pacote que ela está agarrando ao seu peito.
Última edição por Dana em Dom Mar 15, 2009 10:19 pm, editado 1 vez(es) | |
| | | Dana
Número de Mensagens : 465 Humor : Mulderístico Data de inscrição : 06/03/2008
| Assunto: Re: Heaven on Earth by Flynn (Traduzida por DKSM) Dom Mar 15, 2009 10:16 pm | |
| O helicóptero está no meio da rua agora deserta. Poeira está absolutamente voando dos rotores e estou feliz que o bebê está tão protegido como está. Reyes nos vê chegando, eu correndo, Scully largada em meus braços. Estou assustado, mas não deixo transparecer. “Está bem,” eu continuo dizendo pra ela. “Está me ouvindo? Está tudo bem agora.” Não sei se ela consegue me ouvir – nem mesmo seis e ela está consciente. Reyes já havia aberto a porta e me ajuda a sentar no banco do passageiro diretamente atrás do piloto. Não há tempo pra se preocupar com cintos de segurança. Eu sinalizo pra ela se afastar assim que eu tenho minha preciosa carga cruzada por cima das minhas pernas. “Vai! Droga vai logo!”
Eu olho para Scully enquanto o piloto nos leva para fora daquele inferno de cidade. A cabeça dela está no meu ombro e os olhos dela estão fechados. Ela está tão pálida e isso ainda me apavora. “Abra seus olhos.” Eu mal posso me escutar por cima do grito do motor. “Scully, abra os olhos. Eu preciso que você olhe pra mim.”
Eu preciso que você me diga que você vai ficar bem... eu preciso que você viva...
Leva alguns segundos para ela obedecer. Seus olhos ainda estão vidrados e sem foco, mas ela está ali. Seus lábios se mexem no fantasma de um sorriso. Claro que ela não pode gritar assim como não pode voar, mas eu posso ver a boca dela se mover e formar as palavras, “Respiro, Mulder.”
Eu balanço a minha cabeça e beijo a sobrancelha dela. “Agüente. Agüente firme. Olhe pra mim, está bem? Não desvie o olhar.” Eu cuidadosamente levanto a minha jaqueta só um pouco e toco na protuberância escondida entre nós. Já está mais quente. Ainda está tão molhado, seja com sangue ou com fluidos do parto... e se ele pegar um resfriado? Eu não, por um minuto, ponho fé nas afirmações daquela enfermeira cadela de que isto é uma super-criança. Nenhuma fragilidade humana? Desculpe se não engulo essa com anzol, linha e chumbo.
Eu posso ouvir Reyes chamando meu nome, mas sem fones e microfones, é tudo que eu posso ouvir. Ela se vira e gesticula para fora da janela. Eu vejo as luzes brilhantes de um heliporto. Uma cruz vermelha, e de pé longe, sob as luzes, um pequeno amontoado de pessoas. Esperança e alívio de repente competem com o terror que estou tentando não mostrar. Scully ainda está olhando para mim. Seus dentes não estão mais batendo tão forte agora. Isso é bom, eu me digo quase desesperadamente. Isso tem que ser bom. Não podemos ter vindo tão longe para terminar em tragédia. Por favor, Deus, Não desta vez.
Leva uma eternidade para a porra do piloto aterrissar. Assim que as lâminas tocam o chão, Reyes está de pé, se jogando de sua porta e correndo para abrir a minha. Ela está sinalizando impaciente para a equipe de trauma com a sua mão livre. “Tudo bem! Você consegue descer? E se você me der o bebê...”
“NÃO!” Scully late com uma força surpreendente. Os braços dela se trancam em volta do pacote sem sinal de relaxar. Não sei como ela consegue. Se eu tivesse passado pelo que ela passou nas últimas poucas horas, tenho quase certeza de que eu estaria inconsciente.
Eu balanço minha cabeça para Reyes, de pé ao meu lado com os braços estendidos. “É melhor não.” Eu tenho que gritar o mais alto que posso para ser ouvido acima das drogas das lâminas dos rotores. “Escuta, eu posso controlar isto. Traga aquelas pessoas pra cá.”
Ela acena com a cabeça e dá um passo para trás. Há algo na expressão dela... eu tenho a sensação distinta de que algo está errado, mas estou ocupado demais no momento para realmente pensar sobre isso. Não importa, eu digo para mim mesmo. Nada mais importa neste momento do que a pessoa... as pessoas que estou segurando.
Os próximos poucos minutos são embaçados. A equipe aparece das luzes ofuscantes e Scully é, sem cerimônias, retirada de mim. Eu preciso ficar com ela, eu tento dizer, mas ninguém está ouvindo. Vozes soltam instruções, e de repente eu estou à margem. Eu os assisto a levarem embora na maca. Eu sinto mais que ouço Reyes chegar atrás de mim. Repentinamente, eu tenho uma boa idéia do que ela está sentindo exatamente. Inútil. Nós somos inúteis agora, nós dois. | |
| | | Dana
Número de Mensagens : 465 Humor : Mulderístico Data de inscrição : 06/03/2008
| Assunto: Re: Heaven on Earth by Flynn (Traduzida por DKSM) Qua Mar 18, 2009 5:39 pm | |
| Então uma das figuras cobertas se vira e nos olha. “Qual de vocês é Mulder?” ele grita. Eu gesticulo levantando o meu queixo. Ele acena impaciente. “Venha aqui. Ela quer você.”
Eu pulo atrás dele, como se alguém me tivesse assustado. Minha parceira me quer. Eu não sou inútil. Que diabos eu estava pensando em deixar que eles a levassem de mim daquele jeito? Meu lugar é bem ao lado dela, e cara, neste momento nenhuma força na Terra poderia me manter longe dela.
Uma vez dentro do PS, caos controlado reina. Pessoas se agitam à nossa volta, fazendo coisas que eu vim a conhecer decor depois de tantos anos. Manguitos de esfigmos são presos ao braço dela, e um daqueles oxímetros irritantes é preso no dedo indicador direito dela. Estou atrapalhando, mas ninguém me diz para sair. Minha jaqueta é arrancada e jogada em um canto, a camisa de Scully é rapidamente cortada e ela é coberta com um cobertor direto do aquecedor. O pano sangrento entre as pernas dela é cautelosamente retirado e substituído por um monte de gazes estéreis. Quando alguém tenta tirar o bebê dela, ela rosna e resiste. Eu me inclino para perto, apertando o braço dela enquanto eu sussurro o nome dela, e ela relaxa um pouco. “Eu olho eles,” eu digo para ela. Ela me dá o mais fraco dos acenos e seus braços gradualmente relaxam. O pequeno volume de toalhas é levado para um berço aquecido do outro lado da sala comigo logo atrás. Mais cobertas mornas aparecem e quando o pacote improvisado é retirado, eu tenho uma visão... dele. Definitivamente um ele. Enquanto eu o fito, eu percebo que meus olhos estão se enchendo de lágrimas. Scully fez isto, eu digo para mim mesmo. Scully fez isto com o próprio corpo dela. Isto é o que lutamos tanto para ter e proteger. Esta coisinha com pés minúsculos e cabelo quase invisível e bagos do tamanho do meu punho. Ele é lindo. Meu Deus, ele é lindo.
E ele está puto. Ele começa com pequenos gemidos, quase como um gatinho, mas sem demora, ele está gritando para os céus. Bom par de tubos, eu penso com um sorriso entre lágrimas. Há três pares de mãos trabalhando dele, sugando o nariz e a boca dele com uma seringa pêra, aparando o longo cordão umbilical, limpando a meleca do rosto e cabeça dele e ele não está gostando da atenção. Minúsculas mãos se agitam e agarram o ar. Pés chutam e mais sons ecoam de seu pequenino e trêmulo peito.
Esses sons perfuram meu coração. De repente me ocorre que ele não está bravo, ele está com medo. Arrancado do calor da mãe dele não uma, mas duas vezes agora, subjugado por sons e odores e sensações, sem falar das luzes brilhantes... de repente, eu quero chutar todo mundo na sala. Eu quero agarrá-lo para longe das mãos curiosas. Eu quero protegê-lo. Eu preciso. Ele está assustado, ele se sente ameaçado. Você não pode explicar para algo pequeno e novo assim que você só está fazendo o que precisa ser feito, que ele precisa ter seu nariz limpo e o rosto lavado e seus pequenos pés esfregados com tinta e então esticados no formulário de admissão.
Mas tampouco posso eu impedir isso de acontecer. Eu certamente não posso punir ninguém que esteja fazendo essas coisas. Eu fico ali, desamparado por um momento. Então sem pensar muito, eu me dobro sobre ele, bem acima dele para que tudo que ele tenha que fazer é abrir os olhos. Não sei se ele já pode focar os olhos. Não me lembro do que os livros que eu li têm a dizer sobre o assunto. Não importa. Eu me inclino acima dele e sussurro para ele. De repente, ele está se acalmando. O choro frenético pára. Seus olhos se abrem e ele olha para mim.
Meu Deus, eu vejo a mãe dele na pequena face vermelha. Safira prata envolta de cobalto. Eu pisco enquanto o fito. Ele me fita diretamente. Quando toco a mão dele, os pequeninos dedos imediatamente se fecham em volta de um dos meus. “E aí,” eu sussurro. Meus olhos está se enchendo de novo. Ele pisca, mas não desvia o olhar. Pisca e fita, pisca e fita.
Assim que as faxineiras neonatais terminam, elas o embrulham numa pequenina fralda e numa manta aquecida e sem nem mesmo perguntar, gentilmente o arremessam nos meus braços. Eu congelo. Pra ISTO eu não estou preparado. O sangue, a confusão e a preocupação... *aquilo* eu posso lidar. Com aquilo eu já estou familiarizado. Isto? Ele faz mais sonsinhos enquanto olha para mim. Eu percebo que estou fazendo alguns eu mesmo. “Ahn... ãn... Eu não... talvez isto não seja...”
Uma das “faxineiras” sorri para mim. Bem, os olhos dela sorriem, que é tudo que eu posso ver do rosto dela. “Primeiro?” ela pergunta. Eu pisco para ela, boquiaberto. Alguém vem atrás de mim e coloca uma máscara em cima no meu nariz e boca, e ela patê de leve no meu braço. “Você está indo bem, papai. Quer uma cadeira? Vocês dois podem ir se familiarizando enquanto a gente trabalha na mamãe.”
Eu me giro de volta para a outra metade da minha existência. Terror abruptamente agarra minhas entranhas. “Ela está... o que...”
“Opa, calma aí, papaizão.” A mão dela no meu braço serve para gentilmente me prender. “Parece pior do que é. Ela perdeu sangue, mas ela está bem. Eles a estabilizaram, e eles estão trabalhando agora para restabelecer o tônus do útero dela...”
Ela continua de lá, mas eu a ouço superficialmente. Eu mais ou menos parei de escutar na frase “está bem.” Sorrindo, eu seguro o pacote nos meus braços um pouco mais perto. Ele faz uns sons leves, quase como se ele estivesse se embalando e eu acho que sinto um pequeno tremor.
Dormindo ao apertar de um botão. Assim como a mãe dele.
A mãe dele. Ainda ansioso, eu tento seguir o que está acontecendo de uma distância discreta. A urgência frenética se afilando fora consideravelmente. Há dois soros correndo, um em cada braço e um monitor cardíaco está ligado e fazendo barulho. Os sons são ambos estáveis e calmantes. Eles ergueram as pernas dela agora e estão trabalhando no negócio de restaurar o tônus do útero – eu nem mesmo quero pensar no que *aquilo* significa. A enfermeira ao meu lado ainda está comentando algo, mas eu quase não a ouço. Eu não consigo tirar meus olhos da minha parceira. Ela ainda está pálida, mas está parecendo melhor a cada minuto. Ela está assistindo e escutando aos acontecimentos em volta dela com uma expressão entre gratidão e irritação. Eu percebo que ainda estou sorrindo. Scully sempre foi uma péssima paciente.
Devagar, ela vira a cabeça e seus olhos encontram os meus – safiras prata envoltas em cobalto – e eu sinto nossa velha conexão voltar ao lugar.
Eu conheço o coração dela.
E ela conhece o meu.
Não posso dizer quando tempo eu fiquei lá, suavemente balançando minha pequena carga de um lado para o outro enquanto sua mãe e eu fitamos um ao outro. A mãe dele. Amo dizer Esso. Scully é mãe. Estou segurando o bebê dela. É quase tão bom pra ser verdade. Há um abafado arranhar quando a prometida cadeira é puxada atrás de mim, mas eu não ligo. Eu posso ficar aqui de pé a noite toda. Estou feliz em ficar aqui. Bom demais pra ser verdade? Não poderia possivelmente ficar melhor.
E então fica. A pálida mão aparece de trás da coberta e lentamente acena para mim. Deus, ela deve estar totalmente exausta, eu sei que ela está, mas quando eu chego mais perto eu vejo o sorriso dela. Está fraco, mas é real. Jesus, estou chorando de novo. Eu soluço um pouco quando El me dobro baixo e me aninho na testa dela pela máscara de papel. “Olha, Scully,” eu sussurro, segurando meu pacote para cima só um pouco. “Você tem um filho.”
Os olhos dela estão macios e comlágrimas, assim como os meus. A voz dela está rouca e eu me encolho ao pensar no que pôde fazer ela soar daquele jeito. “O que você sabe sobre isso.” Os olhos dela sobre meu rosto, e o seu sorriso cresce um pouco mais. “Por uma estranha ironia do destino, você também.” | |
| | | Dana
Número de Mensagens : 465 Humor : Mulderístico Data de inscrição : 06/03/2008
| Assunto: Re: Heaven on Earth by Flynn (Traduzida por DKSM) Sex Mar 20, 2009 5:07 pm | |
| Está quieto agora. As enfermeiras tentaram há algumas horas, me banir para a sala de espera, mas Scully as vetou zelosamente, usando tudo de credenciais profissionais a ameaças de ligar para o AD Skinner e então o Diretor em pessoa se elas não me deixassem em paz. Elas sabiamente deixaram o assunto de lado.
Estou sentado aqui há horas, segurando o bebê e assistindo minha parceira dormir.
O pensamento do que ela passou lá fora me torce as entranhas em nós. Eu tento não pensar sobre isso. Claro que eu falho miseravelmente.
Como se sentindo minha agitação, o bebê... nosso bebê... se mexe e solta um pequeno choro. Eu acaricio a penugem na cabeça dele com a mão em colher. “Volte a dormir,” eu sussurro, tocando sua testa com um leve beijo. Os dedinhos minúsculos se arremessam para a minha camisa, e ele grunhe suavemente enquanto volta a dormir.
Eu ouço o som da respiração dele. Eu escuto à da mãe dele. E eu sinto. A mudança é tão pequena que tenho certeza que ninguém à minha volta a tenha sentido. Scully mesmo pode não ter sentido, se ela estivesse acordada. Mas algo está diferente. Não é preciso um diploma em psicologia para descobrir também.
Minhas prioridades estão mudando. Elas têm que mudar.
Não sou mais a parte mais importante da minha vida.
Meu tempo nos Arquivos X se acabou. Meu trabalho lá está terminado.
Está na hora de planejar. Coisas simples como contas para faculdade. Problemas levemente mais complicados como onde iremos viver. Como vou sustentar minha família. Como vou proteger minha família.
Vamos trabalhar nisso. Scully e eu vamos trabalhar nisso juntos. Eu sorrio quando olho para ela, dormindo placidamente pela primeira vez em quem sabe quando tempo.
Está na hora de pensar e de fazer planos para o futuro. Nosso futuro.
Está na hora de viver.
Enquanto eu faço carinho suavemente no cabelo dela, eu me encontro agradecendo... alguém. Por meu filho. Por esta mulher. Por me deixar voltar para isto, para testemunhas e ser parte.
Estou sentado na minha cadeira e arrumo meu filho um pouco mais perto.
Quem diria? Quem diria que o Paraíso na terra pudesse ser encontrado em um hospital no nordeste da Geórgia?
Fim | |
| | | Conteúdo patrocinado
| Assunto: Re: Heaven on Earth by Flynn (Traduzida por DKSM) | |
| |
| | | | Heaven on Earth by Flynn (Traduzida por DKSM) | |
|
Tópicos semelhantes | |
|
| Permissões neste sub-fórum | Não podes responder a tópicos
| |
| |
| |